José Geovânio Buenos Aires Martins – UFPI¹
Um breve percurso por Dom Casmurro
Dom Casmurro é a obra de Machado de Assis que mais tem levantado interpretações, e a mais discutida de todos os tempos. Machado é enigmático, fazendo com que o leitor percorra muitos mistérios dentro de suas criações. Segundo ²Nelson Sousa, professor de Língua Portuguesa e Literatura pela UFBA, “Dom Casmurro, de Machado de Assis, é o romance mais famoso da literatura brasileira. Neste livro está o talento de seu autor ao analisar psicologicamente seus personagens bem como a criação do clima de dúvida e ambigüidade quanto ao adultério de Capitu - uma das personagens da obra”.
Esta também é uma obra que contém muitas armadilhas, daí a importância de o leitor estar atento a tudo que o narrador, que é um “casmurro”, como ele mesmo se intitula, fala, pois estará em voga o seu ponto de vista. Ele inicia fazendo uma alusão a sua infância subordinada à sua família, bem como de um posterior casamento e um filho coberto de farsa, pois, segundo ele, Capitu o havia traído com seu melhor amigo, e esta criança seria o fruto deste relacionamento.
Bentinho, já transformado em Casmurro, conclui com uma indagação acerca de Capitu: “a namorada adorável dos quinze anos já não escondia dentro dela a mulher infiel, que adiante o enganaria com o melhor amigo?” (SCHWARZ, 1997, p. 9). Desta forma, ele induz o leitor a pensar e acreditar na “possível dissimulação e traição de sua mulher”. Mas se as pistas deixadas nas entrelinhas pelo narrador forem observadas, perceberá que há um grande equivoco nos fatos.
Capitu: culpada!(?)
Na primeira parte da obra, o casal de namorados luta contra as indiferenças por parte da família de Bentinho, pois Capitu era filha de vizinhos pobres, e o Bento, além de ser rico, era prometido à igreja para ser padre. A segunda parte já se inicia com a felicidade dos recém casados na Glória.
Através da criação da imagem de sua mulher, ele confunde o leitor, levando-o para um julgamento. Não há uma denúncia do adultério por parte de Capitu, porém o leitor é levado a crer que tenha ocorrido. O trecho seguinte é uma dessas pistas: “A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhos alguns instantes para o cadáver, tão fixa, apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas”. (ASSIS, 1998, p. 169).
A desconfiança e o julgamento de Bentinho para com Capitu aumentam mais ainda no velório de Escobar, quando ele pára de chorar e observa os olhos tristes e lacrimosos de sua esposa olhando para o defunto. Logo ele pensa que ela estaria assim porque o amava, porque teria um caso com ele, um caso que teria gerado um filho.
Bento possuía um ciúme exacerbado e, assim, a vontade clara e a lucidez de Capitu é rebaixada à prova de um caráter interesseiro e dissimulado, ao passo que a admiração com que o mesmo Bento havia obedecido às instruções dela, como podemos perceber no início da obra quando ela dá as coordenadas a ele de como fazer as coisas, faz figura de simplicidade risível. É bom lembrar que todos esses ciúmes tiveram início bem antes de Escobar aparecer na vida dos dois, quando, na adolescência, Bentinho quis rasgar sua amiga com as unhas: “A vontade que me dava era cravar-lhe as unhas no pescoço, enterrá-las bem, até ver-lhe sair a vida com os dentes”. (ASSIS, 1998, p.109).
Pode-se observar, no trecho acima, que o personagem já possuía uma capacidade pré-julgadora e também uma índole contestável, já que tinha desejos demoníacos de matar sua amada por um simples vizinho, que ele imaginara ter um romance com Capitu. Ou seja, não dá para confiar na conversa de uma pessoa que parece ter uma dupla personalidade.
Como se trata de uma estória narrada por um narrador masculino, têm-se a possibilidade de uma deturpação dos fatos narrados, como também a existência de uma certa fantasia por parte do narrador. Tudo isto pode ter surgido da mente dele e prejudicado uma personagem ao longo de muitos anos. Bentinho como D. Casmurro, contando a estória de seu passado, dificilmente dá a voz a Capitu, esta, introduzindo-se apenas na narrativa para ser julgada como uma adúltera. Sendo assim, vista unicamente através de olhos do Bentinho, que a todo instante os define como “olhos de ressaca”.
Nesta época também havia a questão da posse do homem sobre a mulher, como também a submissão de decisões destes centralizados nos pais e na igreja, que é o caso de Bento que estava predestinado a ser padre, instituição sempre presente ao longo da narrativa através de metáforas:
Eu amava Capitu! Capitu amava-me! Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira. Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálice, os lábios e patena. (...) Estávamos ali com o céu em nós. (ASSIS, 1998, p. 28,31)
Em D. Casmurro, a mulher apesar de aparecer como objeto de uso do homem, também figura como dona de seus atos e com poder de decisão. Capitu sabe sair de qualquer situação, a qualquer momento, é a "mulher modelo" em pleno século XIX. Ela tomava decisões que não pareciam vir de uma adolescente, mas de uma mulher. "Capitu riscava sobre o riscado para apagar bem o escrito (...) De resto, ele chegou sem cólera, todo meigo, apesar do gesto duvidoso ou menos duvidoso em que nos apanhou. (ASSIS, 1998, p. 31). Neste texto percebe-se que ela conseguiu se sair bem de uma situação que envolvia ela e sua amada.
Na primeira parte da obra, Capitu é tida como uma adolescente esperta, capaz de tomar decisões adultas. Ela também sabe quando uma decisão não é bem tomada, como quando a mãe de seu amado resolve enviá-lo para um seminário. Ela explode, xinga a mãe de Bentinho, critica até mesmo seu sistema religioso, quando ela a chama de beata.
Outro ponto importantíssimo de ser ressaltado é o fato de Bentinho ter por hábito omitir verdades ligadas à família com relação à Capitu, daí podermos questionar se ele, já D. Casmurro, contou a verdade. Tal resposta virá conforme a posição de cada um, posto que "a obra literária possui várias interpretações", assim cada um tira as suas próprias conclusões.
Calou-se outra vez. Quando tornou a falar, tinha mudado; não era ainda a Capitu de costume, mas quase. Estava séria, sem aflição, falava baixo. Quis saber a conversação da minha casa; eu contei-lhe toda, menos a parte que lhe dizia respeito. (ASSIS, 1998, p. 36).
Em toda a narrativa é através da linguagem dos olhos de Bentinho que lemos Capitu e temos acesso a ela, que se torna indecifrada, talvez este tenha sido o desejo subconsciente do narrador, valorizando-os, pois estes são enigmáticos e dificilmente podemos decifrá-los: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, olhos de cigana oblíqua e dissimulada (...) que era capaz de penteá-los, se quisesse." (ASSIS, 1998, p. 183).
Não fosse a linguagem dos olhos, enganadora, flexível, enigmática presente nos grandes momentos do romance, talvez Bentinho não chegasse a desconfiar de Capitu, mas passou a lê-la com os olhos e isso destruiu o seu amor à hora do enterro do seu amigo Escobar. Somado a este argumento ainda temos as suspeitas de Bentinho quando se volta para o filho e começa a observar algumas feições que, segundo ele, lembravam o morto e isto também contribuiu para uma total destruição e desmistificação da suspeita mantida por ele. O que pode ser um equívoco, pois o menino poderia estar apenas imitando o jeito do amigo de seu pai, e já com todo o ciúme ele teria ligado apenas um fato ao outro.
Tudo é crítica à Capitu no romance D. Casmurro, de Machado de Assis, críticas essas, frutos de um ciúme doentio devido a uma confusão de sentimentos e desconfiança de Bentinho. Tendo em vista toda essa narrativa de Machado, nota-se que a personagem feminina se mostra perseverante aos problemas que a sociedade lhe impõe. Ela assume dissimuladamente o que parece à sua frente e luta por aquilo que tem direito, mesmo que suspeitas caiam sobre si de uma hora para outra. É a individualidade feminina sobreposta às imposições sociais, que a educação, a igreja e o homem colocam sobre a mulher.
Diria que é uma imagem desfigurada da realidade, totalmente longe daquilo que verdadeiramente representaria a mulher de coragem e fibra que se sobressaía em tudo sobre o seu marido, que era um homem fraco, mandado pela mãe, incapaz de buscar a verdade dos fatos, mas apenas passou a narrá-los sem procurar a veracidade.
Conclusão
A construção do enredo se dá com base em fatos ou marcas lingüísticas que revelam e negam possibilidades. Nesse grande enigma, que é Dom Casmurro, Capitu está no centro, cercada por personagens masculinos: Bentinho, Escobar, Ezequiel. Na relação entre eles, paira uma dúvida que não é sanada pelo autor. Os indícios do adultério de Capitu estão no livro, assim como as marcas que negam o mesmo. Talvez Machado de Assis não tenha pensado nesta possibilidade, mas alguns leitores distraídos tenham ligado um fato ao outro e tenha observado apenas o ponto de vista do narrador.
Capitu seria sim, a mulher forte e determinada a casar-se com um homem que futuramente viria a traí-la de uma forma injusta, sem direito de resposta, já que ao narrar os fatos a mesma já havia morrido. Desde adolescente aprendeu a ser guerreira, e mesmo oriunda de família pobre, jamais desistiu de nenhum de seus sonhos, ainda que eles viessem a prejudicá-la.
Dom Casmurro é a obra de Machado de Assis que mais tem levantado interpretações, e a mais discutida de todos os tempos. Machado é enigmático, fazendo com que o leitor percorra muitos mistérios dentro de suas criações. Segundo ²Nelson Sousa, professor de Língua Portuguesa e Literatura pela UFBA, “Dom Casmurro, de Machado de Assis, é o romance mais famoso da literatura brasileira. Neste livro está o talento de seu autor ao analisar psicologicamente seus personagens bem como a criação do clima de dúvida e ambigüidade quanto ao adultério de Capitu - uma das personagens da obra”.
Esta também é uma obra que contém muitas armadilhas, daí a importância de o leitor estar atento a tudo que o narrador, que é um “casmurro”, como ele mesmo se intitula, fala, pois estará em voga o seu ponto de vista. Ele inicia fazendo uma alusão a sua infância subordinada à sua família, bem como de um posterior casamento e um filho coberto de farsa, pois, segundo ele, Capitu o havia traído com seu melhor amigo, e esta criança seria o fruto deste relacionamento.
Bentinho, já transformado em Casmurro, conclui com uma indagação acerca de Capitu: “a namorada adorável dos quinze anos já não escondia dentro dela a mulher infiel, que adiante o enganaria com o melhor amigo?” (SCHWARZ, 1997, p. 9). Desta forma, ele induz o leitor a pensar e acreditar na “possível dissimulação e traição de sua mulher”. Mas se as pistas deixadas nas entrelinhas pelo narrador forem observadas, perceberá que há um grande equivoco nos fatos.
Capitu: culpada!(?)
Na primeira parte da obra, o casal de namorados luta contra as indiferenças por parte da família de Bentinho, pois Capitu era filha de vizinhos pobres, e o Bento, além de ser rico, era prometido à igreja para ser padre. A segunda parte já se inicia com a felicidade dos recém casados na Glória.
Através da criação da imagem de sua mulher, ele confunde o leitor, levando-o para um julgamento. Não há uma denúncia do adultério por parte de Capitu, porém o leitor é levado a crer que tenha ocorrido. O trecho seguinte é uma dessas pistas: “A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhos alguns instantes para o cadáver, tão fixa, apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas”. (ASSIS, 1998, p. 169).
A desconfiança e o julgamento de Bentinho para com Capitu aumentam mais ainda no velório de Escobar, quando ele pára de chorar e observa os olhos tristes e lacrimosos de sua esposa olhando para o defunto. Logo ele pensa que ela estaria assim porque o amava, porque teria um caso com ele, um caso que teria gerado um filho.
Bento possuía um ciúme exacerbado e, assim, a vontade clara e a lucidez de Capitu é rebaixada à prova de um caráter interesseiro e dissimulado, ao passo que a admiração com que o mesmo Bento havia obedecido às instruções dela, como podemos perceber no início da obra quando ela dá as coordenadas a ele de como fazer as coisas, faz figura de simplicidade risível. É bom lembrar que todos esses ciúmes tiveram início bem antes de Escobar aparecer na vida dos dois, quando, na adolescência, Bentinho quis rasgar sua amiga com as unhas: “A vontade que me dava era cravar-lhe as unhas no pescoço, enterrá-las bem, até ver-lhe sair a vida com os dentes”. (ASSIS, 1998, p.109).
Pode-se observar, no trecho acima, que o personagem já possuía uma capacidade pré-julgadora e também uma índole contestável, já que tinha desejos demoníacos de matar sua amada por um simples vizinho, que ele imaginara ter um romance com Capitu. Ou seja, não dá para confiar na conversa de uma pessoa que parece ter uma dupla personalidade.
Como se trata de uma estória narrada por um narrador masculino, têm-se a possibilidade de uma deturpação dos fatos narrados, como também a existência de uma certa fantasia por parte do narrador. Tudo isto pode ter surgido da mente dele e prejudicado uma personagem ao longo de muitos anos. Bentinho como D. Casmurro, contando a estória de seu passado, dificilmente dá a voz a Capitu, esta, introduzindo-se apenas na narrativa para ser julgada como uma adúltera. Sendo assim, vista unicamente através de olhos do Bentinho, que a todo instante os define como “olhos de ressaca”.
Nesta época também havia a questão da posse do homem sobre a mulher, como também a submissão de decisões destes centralizados nos pais e na igreja, que é o caso de Bento que estava predestinado a ser padre, instituição sempre presente ao longo da narrativa através de metáforas:
Eu amava Capitu! Capitu amava-me! Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira. Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálice, os lábios e patena. (...) Estávamos ali com o céu em nós. (ASSIS, 1998, p. 28,31)
Em D. Casmurro, a mulher apesar de aparecer como objeto de uso do homem, também figura como dona de seus atos e com poder de decisão. Capitu sabe sair de qualquer situação, a qualquer momento, é a "mulher modelo" em pleno século XIX. Ela tomava decisões que não pareciam vir de uma adolescente, mas de uma mulher. "Capitu riscava sobre o riscado para apagar bem o escrito (...) De resto, ele chegou sem cólera, todo meigo, apesar do gesto duvidoso ou menos duvidoso em que nos apanhou. (ASSIS, 1998, p. 31). Neste texto percebe-se que ela conseguiu se sair bem de uma situação que envolvia ela e sua amada.
Na primeira parte da obra, Capitu é tida como uma adolescente esperta, capaz de tomar decisões adultas. Ela também sabe quando uma decisão não é bem tomada, como quando a mãe de seu amado resolve enviá-lo para um seminário. Ela explode, xinga a mãe de Bentinho, critica até mesmo seu sistema religioso, quando ela a chama de beata.
Outro ponto importantíssimo de ser ressaltado é o fato de Bentinho ter por hábito omitir verdades ligadas à família com relação à Capitu, daí podermos questionar se ele, já D. Casmurro, contou a verdade. Tal resposta virá conforme a posição de cada um, posto que "a obra literária possui várias interpretações", assim cada um tira as suas próprias conclusões.
Calou-se outra vez. Quando tornou a falar, tinha mudado; não era ainda a Capitu de costume, mas quase. Estava séria, sem aflição, falava baixo. Quis saber a conversação da minha casa; eu contei-lhe toda, menos a parte que lhe dizia respeito. (ASSIS, 1998, p. 36).
Em toda a narrativa é através da linguagem dos olhos de Bentinho que lemos Capitu e temos acesso a ela, que se torna indecifrada, talvez este tenha sido o desejo subconsciente do narrador, valorizando-os, pois estes são enigmáticos e dificilmente podemos decifrá-los: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, olhos de cigana oblíqua e dissimulada (...) que era capaz de penteá-los, se quisesse." (ASSIS, 1998, p. 183).
Não fosse a linguagem dos olhos, enganadora, flexível, enigmática presente nos grandes momentos do romance, talvez Bentinho não chegasse a desconfiar de Capitu, mas passou a lê-la com os olhos e isso destruiu o seu amor à hora do enterro do seu amigo Escobar. Somado a este argumento ainda temos as suspeitas de Bentinho quando se volta para o filho e começa a observar algumas feições que, segundo ele, lembravam o morto e isto também contribuiu para uma total destruição e desmistificação da suspeita mantida por ele. O que pode ser um equívoco, pois o menino poderia estar apenas imitando o jeito do amigo de seu pai, e já com todo o ciúme ele teria ligado apenas um fato ao outro.
Tudo é crítica à Capitu no romance D. Casmurro, de Machado de Assis, críticas essas, frutos de um ciúme doentio devido a uma confusão de sentimentos e desconfiança de Bentinho. Tendo em vista toda essa narrativa de Machado, nota-se que a personagem feminina se mostra perseverante aos problemas que a sociedade lhe impõe. Ela assume dissimuladamente o que parece à sua frente e luta por aquilo que tem direito, mesmo que suspeitas caiam sobre si de uma hora para outra. É a individualidade feminina sobreposta às imposições sociais, que a educação, a igreja e o homem colocam sobre a mulher.
Diria que é uma imagem desfigurada da realidade, totalmente longe daquilo que verdadeiramente representaria a mulher de coragem e fibra que se sobressaía em tudo sobre o seu marido, que era um homem fraco, mandado pela mãe, incapaz de buscar a verdade dos fatos, mas apenas passou a narrá-los sem procurar a veracidade.
Conclusão
A construção do enredo se dá com base em fatos ou marcas lingüísticas que revelam e negam possibilidades. Nesse grande enigma, que é Dom Casmurro, Capitu está no centro, cercada por personagens masculinos: Bentinho, Escobar, Ezequiel. Na relação entre eles, paira uma dúvida que não é sanada pelo autor. Os indícios do adultério de Capitu estão no livro, assim como as marcas que negam o mesmo. Talvez Machado de Assis não tenha pensado nesta possibilidade, mas alguns leitores distraídos tenham ligado um fato ao outro e tenha observado apenas o ponto de vista do narrador.
Capitu seria sim, a mulher forte e determinada a casar-se com um homem que futuramente viria a traí-la de uma forma injusta, sem direito de resposta, já que ao narrar os fatos a mesma já havia morrido. Desde adolescente aprendeu a ser guerreira, e mesmo oriunda de família pobre, jamais desistiu de nenhum de seus sonhos, ainda que eles viessem a prejudicá-la.
_______________________________________________________________ ¹Aluno do curso de Lic. Plena em Letras na UFPI-Picos, da disciplina Ficção na Literatura Nacional.²Disponível no site: www.jayrus.art.br
Referências bibliográficas
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Ática, 1998.
GLEDSON, John. Machado De Assis: Impostura e Realismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
MIOSÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Cultrix, 1997.
SENA, Marta de. O olhar oblíquo do bruxo: ensaios em torno de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
SCHWARZ, Roberto. Duas meninas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
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